domingo, 28 de dezembro de 2008

retrospectiva 2008 #2

Canções de Amor, de Christophe Honoré (FRA, 2007)


Christophe Honoré dirige uma ode ao Cinema francês nesta pequena fábula urbana. Repleta de referências a diretores dos anos de ouro da França, Louis Garrel solta a voz nesta produçãozinha simples, porém repleta de sentimentos. As canções são ótimas, cada uma mais adorável que a outra. Garrel, aliás, atua mais à vontade em cada filme que participa. Claro que o momento-chave do longa é justamente quando os dois rapazes cantam a melhor música do longa, "As-Tu Déjà-Aimé" - uma das canções do ano. Honoré se supera a cada longa lançado, mas o que realmente importa é os sentimentos que ele transborda ao espectador. Isso é o suficiente para ele ser considerado um dos diretores contemporâneos mais interessantes.

Desejo e Reparação, de Joe Wright (ING, 2007)

Um filme que delicia o espectador com uma fotografia espetacular - há um lindo travelling sobre uma praia que dura cerca de 5 minutos -, atuações carregadas com peso dramático e ainda uma trilha sonora belíssima. Joe Wright se mostra mais maturo a cada projeto que lança, e a parceria com Keira Knightley só melhora. O destaque do elenco fica por conta da garota Saoirse Ronan, liberando uma intensidade dramática arrasadora, dona de uma das melhores performances do ano - e o roteiro a ajuda a construir sua personagem de uma maneira bastante convincente, sem nunca soar artificial.

Rebobine, Por Favor, de Michel Gondry (EUA, 2008)

Jack Black é um dos atores mais engraçados dessa nova geração. Sua expressão e a sua energia são dois fatores que o empurraram para o estrelato. A química que o ator tem com Mos Def - outro que também está começando aos pouquinhos - é o ponto forte do filme. Sem a dupla, jamais teríamos tantos acertos, pois Michel Gondry está enfraquecido e a sua direção é pouco consistente - na verdade, ele está se demorando para se recuperar do seu excelente trabalho em Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças. É Black e Def que salvam essa pequena e divertida produção, que brinca com todos os grandes sucessos de Hollywood. Destaque para a refilmagem dos Caça-Fantasmas, O Rei Leão e A Hora do Rush. Divertidíssima pedida para um fim-de-semana a tarde.

Trovão Tropical, de Ben Stiller (EUA, 2008)

Ben Stiller é um bom ator, não é sensacional nem um grande comediante, mas é competente. Já tem experiência na direção, é amigo dos outros atores e é um cara bacana. Por isso que seu filme novo, Trovão Tropical, funciona mais no entrosamento dos personagens do que qualquer outra coisa. Jack Black, meio apagado na comédia, mas ainda assim eficiente - e seu personagem também é um pouco abandonado no meio da projeção; Brandon T. Jackson sofre, assim como Black, como o coadjuvante esquecido; enquanto os que têm a chance de brilhar são a dupla de protagonistas, comandada por Ben Stiller e acompanhado por Robert Downey Jr.. Stiller parece mais preocupado em dirigir do que a sua atuação. Sobrou para Downey Jr. incorporar o ator branco que virou negro Kirk Lazarus. Que ator brilhante! Desde Zodíaco ele não dá uma bola fora. Em Homem de Ferro nos entregou uma reeleitura dos quadrinhos limpa, como desde 2004 não se via. Agora, em Trovão Tropical, o ator rouba todas as cenas do filme, garantindo para si as melhores partes. Com piadas boas aqui e ali, a produção só piora quando decide se tornar uma comédia de ação. Aí as coisas ficaram feias! Mas nada que Kirk Lazarus não pudesse salvar.

Vestida Para Casar, de Anne Fletcher (EUA, 2008)

Bobinho, bobinho. Para começar, Katherine Heigl salva a produção, pois ela tem o dom para essas comédia águas-com-açúcar. Pena que o seu par, James Marsden não possa dizer o mesmo. Em Encantada - filme que eu achei muito bom, aliás - ele estava reprisando o papel de bobão, visto em X-Men como Ciclope e em Superman - O Retorno. Em Vestida Para Casar, a sua tentativa de virar um galã é quase tão frustrante quanto a de Ashton Kutcher no Jogo de Amor em Las Vegas. Porém, Heigl faz o possível para salvar a maioria das cenas e quando isso acontece, o espectador dá um "graças a Deus"!


* * * * * * *

Bom, esse foi o último post do ano. Após o ano novo, mais um post na retrospectiva com mais filmes. Só quero agradecer a todos que leram o meu blogue, em especial a minha namorada, que mais me motivou para continuar com o Cinemania e principalmente retomá-lo. Vou continuar com o blogue, vou fazer várias mudanças em layouts e divulgação no próximo ano. Esse foi o ano que menos assisti filmes, infelizmente não cheguei nem a minha meta dos filmes que estrearam em cartaz este ano. Espero me recuperar até março, que é quando eu pretendo publicar o meu proprio Oscar dos filmes que tiveram a sua estréia em 2008 no circuito brasileiro, junto com as minhas listinhas de melhores.

Um feliz ano novo pra todo mundo. Repleto de saúde, paz, e amor. Que neste ano cheguem nas mãos de vocês os melhores filmes e que cada um deles mereça um lugarzinho em seus corações. E quem sabe, daqui a algum tempo vocês não possam assistir a algum filme de Diego Rodrigues? Já estou escrevendo meu primeiro roteiro, fiquem no aguardo.

Até mais! Feliz ano Novo e um 2009 mil vezes melhor que 2008!


quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

post natalino #3 - um feliz natal

A Felicidade não se Compra, 1946

Então é isso. Depois de tanta puxação de saco pro Natal, mesmo eu falando aqueles clichês de sempre, eu só quis que todos compreendessem não que a época do ano é para unir e todas aquelas coisas que até mesmo eu falei em meus textos. Não serei controverso nem nada, pois ainda acho que o dia é de muitos sentimentos, e não ligo se os vendedores tiram vantagem disso pra vender seus presentes. Também não estou nem aí se é isso o capitalismo, eu não sou a favor do sistema, mas é ele que tá na nossa economia e eu não posso fazer nada.

Um Duende em Nova York, 2003

Eu espero do fundo do meu coração, a todos aqueles que vieram ao meu blogue e a todos os outros também que tenham um bom Natal. Que não se estressem, que não briguem, que evitem de pensar em coisas ruins, que abracem ao menos a mãe ou o pai, o filho ou a filha, a avó ou o avô, o amigo ou a amiga e tentem extrair deste simples gesto, o amor.

Natal Branco, 1954

É o último grande feriado do ano - fora o do ano novo, mas não conta! - então aproveite para dormir até mais tarde, de dormir tarde, de não ser neurótico no dia seguinte com regimes ou coisas parecidas - a não ser que a saúde peça urgência. Simplesmente aproveite. Veja aqueles filmes natalinos da sessão da tarde, aqueles livros que estão na prateleira mofando há meses, coloque naquele canal que antes não colocava por reter seu tempo.

Milagre na Rua 34 (ou De Ilusão Também Se Vive), 1947

Ame. Ame cada dia mais. Namore a pessoa que ama, a esposa ou o marido, não esqueça que são esses beijos que podem curar uma tristeza Fique ainda mais próximo do filho ou da filha, da mãe ou do pai. Saiba o que está acontecendo com eles. Coisas que já deveriam ter sido feitas antes, agora parece a oportunidade ideal. Não é uma segunda-feira cheia de estresse, nem uma sexta cansativa. Se não disse antes, então diga agora. Nunca é tarde para dizer um "eu te amo".

O Estranho Mundo de Jack, 1993

Ore. Ore bastante. Ore pelos familiares, pelos amigos, pelos parentes distantes e, principalmente, por aqueles que já não estão aqui nesse mundo. Cuidado para não esquecer que eles podem não estar aqui conosco em carne e osso, mas a sua presença de espírito permanece. É tão real quanto o espírito de Natal. Tão ou mais bonito que o sentimento que prevalece a essa época do ano. Não se esqueça também que eles estão bem, só o que querem é serem lembrados - e pelos bons momentos, apenas.

O Grinch, 2000

Se teves paciência de ler todos os velhos clichês e aquelas frases que coloquei, que mais parecem frases prontas, então um meu muito obrigado. Um maravilhoso Natal. Que aquele chester ou aquele peru da ceia de Natal tenha aquele gostinho único. Não esqueça de agradecer sempre a Deus, ao Alá, ao que a tua religião acredita, pois estão aqui, estão felizes e saudáveis e é isso que mais importa do mundo. Não esqueçam também que há outras pessoas que não vão ter um Natal cheio de presentes e felicidade, ore por essas. Mas não só ore, se puder doar um brinquedo, doe. Não esqueça do pessoal de Santa Catarina, e que quando deres um brinquedo ao teu filho, lembre-se de que várias crianças viram seus carrinhos sendo levados pr uma água suja. Nunca é tarde para fazer uma doação - e para aquelas crianças, qualquer dia elas vão adorar um presente.

O Natal do Mickey Mouse, 1983

Obrigado a todos que leram o post, que era mais uma mensagem do que um texto. Um bom Natal. Queria ter escrito mais sobre o Natal, colocado mais referências sobre a época, ter falado mais sobre filmes - foram só O Expresso Polar e O Estranho Mundo de Jack -, mas esse ano não deu tempo. Até!

O Expresso Polar, 2004

O CINEMANIA DESEJA UM FELIZ NATAL E BOAS FESTAS PARA TODOS VOCÊS!

domingo, 21 de dezembro de 2008

post natalino #2 - especial o estranho mundo de jack

Se tem uma animação diferenciada das outras, ela é O Estranho Mundo de Jack. É uma história tão, mas tão original que é lindo de se ver - eu adoro histórias originais. A animação, assim como o maravilhoso O Expresso Polar fala de um espírito natalino, mas de uma maneira totalmente inovadora.

Para começar, a produção já leva o tom fantástico por ter o nome de Tim Burton envolvido no projeto. O diretor, famoso por seus trabalhos em Edward Mãos de Tesoura e a nova versão de A Fantástica Fábrica de Chocolate, trabalha sempre com fantasias e histórias fantásticas. Portanto, ele já tem facilidade com elementos inovadores. O personagem, Jack, é talvez um dos mais interessantes da História do Cinema - e a galeria apresentado no filme são tão mais interessantes do que ele.

Jack é um personagem que já cansou da vida que tem. Aquela rotina de sustos de todos os anos não o satisfaz mais, ele precisa de algo novo, algo que nunca ninguém em sua cidade pensou depois. Um personagem não afetado pela rotina diária, mas pela mesmice de sempre, por aquelas tradicionais épocas que é sempre a mesma coisa. Quando ele atinge a linha da Cidade do Halloween e descobre vários portais, a oportunidade o chamava. Ao experimentar o inesperado, chega a Cidade do Natal, onde tudo é alegria. Porém, ao ver o Papai Noel, tem a oportunidade única de propor algo diferente na Cidade do Halloween. O seu primeiro impulso de criatura monstruosa é simplesmente seqüestrar o bom velhinho e tomar o seu lugar, como o Papai Cruel. Mas Jack sente-se um pouco diferente, um pouco solitário, por mais que seja adorado em sua terra natal, descobre que tem outros objetivos para si mesmo. É muito fazer o bem mesmo sendo mau?

Essa pergunta pode ser respondida por Sally. Uma das diversas personagens criadas para o filme, ela é só uma moça apaixonada pelo protagonista que quer seu lugar ao sol. Com partes criadas por um doutor, a doce Sally é presa graças a esse acontecimento. É como se fosse um Frankestein, presa para sempre pelo seu mestre e criador. Diferente de Jack, que tem a liberdade para sair e encontrar aventuras, que tem amigos, que tem uma vida maravilhosa para o nível da Cidade do Halloween, Sally tem a sua vida uma obscuridade, uma solidão inigualável. Talvez por isso o romance dos dois dê tanto certo, tal como a química dos persongens. Um é contra-ponto do outro, mas ambos são solitários.

Já a direção de arte é espetacular. A animação em stop-motion é só acertos. Deane Taylor, a diretora de arte, capricha no visual, desde a Cidade do Halloween sombria até a Cidade do Natal, repleta de neve. Os contrastes, além de dar uma caprichada no visual, também nos apresenta uma série de paralelos do bem e do mal. Desde a pequena casa de Jack até o cenário assustador da luta na cena final, a produção só mos tra a sua força. Sem mencionar na trilha de Danny Elfman - colaborador de Burton desde As Grandes Aventuras de Pee-Wee -, com canções empolgantes e que funcionam em todos os momentos.

Mesmo com a duelidade do bem (natal) contra o mal (halloween), a história é mais sobre como cada um é influenciado pelo meio em que vive. E como este meio nos influencia. O único duelo que Jack ou Sally deve vencer é exatamente os seus próprios sentimentos.

O Estranho Mundo de Jack
The Nightmare Before Christmas, 1993
Direção: Henry Selick. Roteiro Adaptado: Caroline Thompson. Elenco de vozes: Chris Sarandon, Danny Elfman, Catherine O'Hara, William Hickey, Glenn Shadix, Ken Page e Edward Ivory.

Dica: A edição dupla de O Estranho Mundo de Jack já se encontra nas melhores lojas especializadas. Eu não sei como é esta nova versão, mas se for a mesma - ou semelhante - da norte-americana podemos esperar, além de vários documentários sobre a produção, uma introdução de Tim Burton, comentários e um documentário especial de "Mansão Mal-Assombrada" da atração dos parques da Disney. O DVD chegou há pouco temponas lojas, aproveitando a temporada de natal.

A seguir uma canção do filme, O Que é Isso?. Não é uma música repleta de significados, mas a letra é divertida e mostra exatamente o contraste entre as duas cidades.


terça-feira, 16 de dezembro de 2008

retrospectiva 2008- filmes #1

Alguns filmes que estrearam em 2008 e que eu ainda não comentei. Já que é final do ano, vale uma relembrada em algumas das principais produções deste ano que entraram no circuito brasileiro.

Juno, de Jason Reitman (2007)

Diablo Cody constrói uma história tão envolvente e carinhosa como a própria personagem. Se de um lado Juno é uma garota energética, impulsiva e honesta, por outro ela tem toda uma sensibilidade que vai aparecendo aos poucos graças a sua precoce gravidez. Por isso, o seu contra-ponto é interpretado por Jennifer Garner. Enquanto uma não quer ser mãe, a outra vê em Juno a grande oportunidade de sua vida, assim as duas vão aos poucos tomando os rumos de suas vidas e se conhecendo melhor. Além da brilhante interpretação de Ellen Page como Juno, vale lembrar os outros ótimos coadjuvantes; Michael Cera, Allison Janney (a melhor do quarteto), Jason Bateman e J.K. Simmons.

Estréia: 22/02/2008

Hancock, de Peter Berg (2008)

O maior erro do filme é construir um roteiro com agilidade, sem se preocupar com origens ou maiores explicações. A tentativa de uma fotografia parecida com a de um filme independete também é constrangedora, principalmente nos poucos momentos de humor que o diretor tenta extrair de um drama como este. Will Smith está apenas correto, rendendo os destaques para o casal Embrey, interpretado com mistério por Charlize Theron e com uma sensibilidade inspiradora por Jason Bateman - de longe, o personagem mais interessante. Se tivesse sido melhor trabalhado, me arrisco a dizer que teria sido um filmaço.

Estréia: 04/07/2008


Super-Herói - O Filme, de Craig Mazin (2008)

Todo Mundo em Pânico é uma série já desgastada. Entretanto, os três primeiros filmes continham algumas gags que lá de vez em quando funcionavam. O motivo era simples: ao investir em piadas de trinta em trinta segundos, uma hora ou outra alguma tinha que ser engraçada. No quarto longa da série não havia uma piada que pudéssemos rir, por mais que a fórmula fosse a mesma dos anteriores. Infelizmente, Super-Herói segue a mesma linha que o quarto filme da série Todo Mundo em Pânico. Dirigido e escrito por Craig Mazin, a produção tem como base a história de o primeiro Homem-Aranha. Trocam-se os heróis, aranha por libélula, as participações constrangedoras, uma cena ridícula tirando sarro com os X-Men - particularmente, Charles Xavier - e outros elementos péssimos no roteiro. Sem falar das atuações vergonhosas e da direção pró-lixo. A única coisa que se salva é a participação de Leslie Nielsen, que é bem mais ou menos - já foi mais inspirada em outras comédias.

Estréia: 18/04/2008

domingo, 14 de dezembro de 2008

post natalino #1 - o expresso mágico

Até os dez, onze anos de idade, o natal era sempre visto como uma verdadeira festa de alegria para mim. Não tenho certeza de que era por causa dos presentes, ou porque as famílias eram mais unidas naquela época, o fato é que eu sempre tinha a magia do natal. Quando começamos o processo de amadurecimento, as festas comemorativas vão ficando cada vez mais cansativas, apenas comuns. Estamos tão presos ao pensamento de que o ano vai logo acabar e que mais um ano está sendo deixado para trás que começamos a ficar covardes.

Ora, se por um lado toda aquela atucanação está acabando - estudar ou trabalhar, dormir, estudar ou trabalhar, dormir... - começamos a temer pelas cenas que atuamos no ano que se passou. Todos aqueles personagens, os queridos colegas de trabalho, as reuniõesinhas com os amigos que pensávamos que ia durar para sempre, tudo parece estar chegando ao fim. Algumas amizades não duram o quanto pensávamos que ia durar, as pessoas começam a se afastar uma da outra, não por motivos pessoais, mas por necessidade. Cada um vai seguindo a sua vida. O natal vai ficando cada vez mais chato. As vinhetas da televisão irrira; o homem vestido de papai-noel no shopping é um imbecil; as decorações de natal são dispensáveis; do dia 25 até o dia 31 são só alguns dias e depois adeus ano velho. O natal é só mais uma contagem regressiva para um ano novo.

Todos sabem que o natal é mais que isso. Não é só é a data do nascimento da figura mais importante do catocilismo ou um feriado. É muito mais do que isso. É o dia da união. O dia em que damos feliz natal até para aquele vizinho irritante que rouba as vagas do estacionamento dos outros, o dia em que damos presente às crianças e vemos o sorriso em seus rostos. É a data mais especial do ano. É impossível não se deslumbrar, nas vésperas do natal, com as casas enfeitadas pela noite, as árvores com guizos ou os presentes debaixo delas. Eu estava possuído pelo pensamento arrebatador que daqui a pouco eu prestarei vestibular e que meus passos para meu futuro irão depender apenas dele. Porém, foi no dia 13 de dezembro de 2008 em uma visita da casa da minha namorada que a magia do natal foi aos poucos me ganhando de novo.

Ao assistir novamente o filme O Expresso Polar, não me conti e todo aquele espírito natalino voltou. Talvez o natal seja mesmo o marco do final de um ano. Para uns, um ano conturbado e repleto de tristezas. Para outros, o ano foi maravilhoso, repleto de acontecimentos inusitado. E ainda teve aqueles que o único ponto positivo foi ter se apaixonado ainda mais pela pessoa amada ou apenas ter retomado a amizade com aqueles que já admirava. Não importa qual seja a situação, se você simplesmente acreditar no natal, no próximo ano tudo será ainda melhor.

* * * * * * *

Já que estamos nessa incrível nostalgia natalina, vou publicar também aqui um vídeo com a canção final do filme O Expresso Polar. Uma bela canção - e uma das minhas favoritas - dos últimos anos. Believe, de Josh Groban. Traduzi apenas o refrão, para não ficar enorme o post:

Acredite no que o seu coração está dizendo
Escute a melodia que está tocando
Não há tempo a perder
Há muito a celebrar
Acredite no que está dentro de você
E dê aos seus sonhos asas para voar
Você tem tudo que precisa
Se você acreditar



sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

personagens inesquecíveis - 2008

A série, iniciada no sábado passado de personagens inesquecíveis do Cinema, são aqueles que mais se destacaram nos filmes, independentes de serem bons ou ruins. Dando continuidade a série, eu vou destacar alguns dos personagens mais marcantes deste ano de 2008. Mas falarei somente sobre os filmes que estrearam aqui no Brasil, mesmo que tenha sido lançado no ano passado nos EUA.


Wall-E, de Wall-E (2008)

Além do filme ser magnífico, ele é um personagem maravilhoso. Um robôzinho solitário, cujo sua única amiga é uma baratinha. A curiosidade ingênua do robôzinho limpador de lixos é a tração para a história, pois se não fosse por ela ele nunca teria se aproximado de Eva. Graças as avançadas técnicas de animação da Pixar, a expressão de sua face é notória, nos emcionando a cada vez que fica triste, nos alegrando sempre que fica feliz, mas principalmente, faz seu robôzinho se aproximar mais de um ser-humano. O que fica claro, para todos nós, que os sentimentos não são algo exclusivo dos seres-vivos. Todas emoções que Wall-E sente, desde a sua solidão no planeta Terra, até a chegada de Eva, são verdadeiras e passam de ingênuas para uma certeza. Ao ver que seu grande amor está indo embora, Wall-E corajosamente pula na nave, ingênuo, mas apaixonado. Lembrando as histórias de amor em que o mocinho tenta resgatar a dama indefesa, o robôzinho é mais comparado a uma espécie de Don Quixote do que propriamente um herói. Vou ainda mais além, ele lembra bastante - até o filme serve como uma homenagem - o eterno Charlie Chaplin. No apogeu de asuas atuações como o jovem Carlitos, Chaplin marcou época no Cinema mudo. Nos minutos iniciais da animação da Pixar, não há diálogos, apxoimando ainda mais o robôzinho ao comediante.

Porém, o ponto alto do filme é o relacionamento dele com Eva. É marcante as cenas em que ele, ao ver que ela apagou, age como se ela ainda estivesse ali, acordada. São os cuidados que o robôzinho tem com as coisas, a sua ingenuidade e também o seu bom "coração" que fazem deste personagem um dos mais significantes deste ano.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

trilha da semana

Circle of Life - Elton John
(O Rei Leão)

Desde o dia em que chegamos ao planeta
E abrimos nossos olhos para o sol
Há muito mais para se ver do que já foi visto
E mais a fazer do que já foi feito

Alguns dizem "devore ou seja devorado"
Outros dizem "viva e deixe viver"
Mas todos concordam
Você nunca deve tirar mais do que dá

No ciclo da vida
Esta é a roda da fortuna
Este é o salto da fé
Essa é a faixa da esperança
Até encontrarmos nosso lugar
Nos caminhos que se desenrolam
No ciclo, no ciclo da vida

Alguns de nós caem pela estrada
Enquanto outros alcançam as estrelas
Alguns de nós navegam acima dos problemas
Enquanto outros tem que viver com as cicatrizes

Há muito pra se conseguir aqui
Mais para encontrar do que já foi encontrado
Mas o sol se move alto no céu azul safira
E mantém-se ora grande, ora pequeno, neste ciclo sem fim

No ciclo da vida
Esta é a roda da fortuna
Este é o salto da fé
Essa é a faixa da esperança
Até encontrarmos nosso lugar
Nos caminhos que se desenrolam
No ciclo, no ciclo da vida

Uma das mais belas canções já feitas para o Cinema, sem dúvidas. Sensível, verdadeira e repleta de significados cuja beleza das palavras acabam saindo melhor quando cantada por Elton John. Eu sei que gostar do filme - assim como gostar de Cidadão Kane ou da série Lost - virou clichê, mas eu adoro O Rei Leão, considero uma das melhores animações já feitas pela Disney. Sem preconceitos, se você ler a letra e ouvir a música com coração, verá todos os significados para a vida ali, em poucos minutinhos. A seguir o clipe de Elton John.




Amigos, eu sei que a grande maioria só vem aqui para comentar no blogue pelo joguinho do Orkut - e fazer blogue de cinema é muito difícil por causa disso. Quando eu postei sobre os personagens, muitos comentários vieram falando sobre os filmes, sendo que o post era sobre os personagens - alguns falaram que assistiram a Ghost, mas não falaram nada da Whoopi Goldberg. e eu realmente queria saber se tem mais alguém que gostava dela, tirando duas ou três exceções o resto só veio comentou duas linhas para cumprir o joguinho Se você gosta ou não gosta do Rei Leão tá tudo bem, pode argumentar, mas também comentem algo da música. Afinal, o post é sobre ela. Obrigado.

domingo, 7 de dezembro de 2008

metrópolis

Além de ser um marco do expressionismo alemão, Metrópolis é umdas grandes ficções-científicas que tem algo a dizer. Por trás das máquinas, do robô, dos prédios altos e com aviões planando a cada minuto, o filme traz uma poderosa sátira ao mundo, transformando o que seria uma história de amor banal em um grande evento cinematográfico histórico.

Para entender a produção, é preciso saber que ocorria antes e na década de 1920 muitas transformações no mundo. Era época de Revolução Industrial e muitos dos operários estavam sendo subsituídos pelas máquinas. Nessa época, o Cinema crescia cada vez mais nos Estados Unidos, como muitas outras indústrias. Não é à toa que em 1929 teremos a queda da bolsa, pela super-produção e alguns outros motivos. Os capitalistas já mandavam e os homens eram os escravos de seus patrões, afinal naquela época não tinha um horário determinado de trabalho, o salário era uma verdadeira miséria, não tinham férias e muitas outras regalias que hoje temos.

Visto isso, Fritz Lang criou um filme absurdamente rico em metáforas. Nas cidades subterrâneas, moram os operários, enquanto acima deles domina a classe dos Mestres - donos das fábricas, são os que mandam na cidade. Quando o filho de um dos poderosos magnatas entra na casa das máquinas, vê o sofrimento ao qual aqueles homens são submetidos, além de ter uma visão das máquinas se transformando em monstros, que engolem os operários. Em uma cena maravilhosa, principalmente para a época, o diretor Fritz Lang não se acovarda e continua com seu trabalho primoroso.

A melhor seqüência do longa dá-se na cidade dos operários, quando Lang coloca seus atores trabalharem ao meio de água para tudo que é lado. Além de ser bem trabalhada e bem finalizada, a cena ainda tira o nosso fôlego. E no meio de tanto caos, ainda nos deslumbramos com a maravilhosa direção de arte, que inclui prédios altíssimos, aviões planando de um lado para o outro, lindas paisagens na área dos mestres e lugares empobrecidos a cidade dos operários.

Os personagens, apesar de comuns, são bem construídos. Já as atuações não são as melhores do Cinema, mas se tratando de um filme mudo e também parte do movimento do expressionismo alemão presente, não dá para exigir muito. Não incomoda muito todas as caretas, as mãos nos rostos e as duas mãos que os atores insistem em usar para se expressar, pois o envolvimento com a história é intensa.

O filme ficou do jeito que Lang queria. Uma obra antemporal e de fácil identificação para nós. Metropólis foi só o impulso para Blade Runner, Star Wars e tantas outras produções que hoje fazem fila nos cinemas.

Observação: Foi composta uma trilha para o filme na década de 80. Mas a música é tão, mas tão ruim, que eu aconselho ou colocar outras faixas de trilha sonora - como eu fiz - ou simplesmente colocar no mundo. Será melhor para o filme para os ouvidos.

Metrópolis
Metropolis, 1927
Direção: Fritz Lang. Roteiro Adaptado: Fritz Lang e Thea von Harbour. Elenco: Alfred Abel, Gustav Frölich, Brigitte Helm, Rudoll Klein-Rogge e Theodor Loos.

sábado, 6 de dezembro de 2008

personagens inesquecíveis

Há muito a se discutir sobre os personagens mais inesquecíveis do Cinema. São milhares e milhares de bons personagens, por isso falar sobre os que mais marcaram é complicado. Nestes posts não vou me restringir a fazer listinhas, mas sim escrever apenas sobre um personagem de cada vez.

Como é a estréia, assim como eu fiz com os vídeos-clipes, eu vou falar de dois personagens. Ambos tiveram uma participação significativa na década de 90 - ao menos para mim. Lembrando que somente o personagem é muito bom, não sinificando que o filme seja uma obra-prima.


Jeffrey Goines, de Os 12 Macacos (1995)

Um defensor dos animais maluco que é visto no futro como uma ameaça a raça humana. É mais ou menos essa a descrição para Jeffrey Goines no filme Os 12 Macacos, do diretor Terry Gilliam. Interpretado brilhantemente por Brad Pitt, o personagem não é só bem desenvolvido, como também é uma mostra da criatividade do diretor ao construí-lo. Se de um lado temos a exigência das caretas, do outro temos a habilidade do ator para não deixar queas expressões o atrapalhem Por fim, temos um personagem incompreendido, inteligente e ambisioso. O destino de personagem culmina num forte apelo dramático - e até instigante, pois dá ao filme uma liberdade maior na narrativa.

Oda Mae Brown, de Ghost - Do Outro Lado da Vida (1990)

Whoopi Goldberg chega em Ghost com uma energia sem igual. Fazendo o papel da vidente que engana os clientes, ironicamente deixa o seu personagem incorporar em seu corpo e nos brinda com a mais brilhante atuação da atriz. Além da construção ser perfeita, todo o sorriso, a expressão de surpresa, cada maluquice sua é de uma natureza humana. Contando também com a boa química com Patrick Swayze, ela se torna a personagem mais interessante do filme. E numa produção com estrelas como Swayze e Demi Moore, a coragem de Golberg em não se rebaixar ao casal bonitinho é admirável e digno do Oscar que recebeu.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

de olho em...

David Fincher

Fincher já mostrava o seu estilo inovador nos clipes que dirigia, dentre eles Material Girl de Madonna e Road Rush de Paula Abdul (aquela que atualmente é juíza no American Idol), além de outros vídeos-clipes que vale a pena dar uma conferida - eu estarei exibindo postagem com os clipes dele no blogue.

Apesar de ter dirigido o mediano Alien 3, a sua carreira deu uma guinada com Seven - Os Sete Crimes Capitais. Lançado em 1995, Fincher tem a difícil missão de comandar um Brad Pitt em ascenção e um veterano Morgan Freeman, além de ter em mãos Gwyneth Paltrow e Kevin Spacey. O filme recebeu apenas uma indicação ao Oscar, de melhor edição, mas já arrancou os mais variados elogios pela crítica especializada. Em 1999, dirigiu Clube da Luta e teve uma missão ainda mais difícil que o longa anterior. Brad Pitt de novo estrelaria seu filme, ao lado de um outro talentoso ator, Edward Norton, e ainda teria que driblar tudo e a todos pelo seu final surpreendente. As qualidades do filme seriam reconhecidas pela maioria somente anos mais tarde, considerado por alguns um filme cult - já eu discordo da classificação.

Em 2001, Fincher fez um suspense eficiente com O Quarto do Pânico, recebendo mais confiança dos produtores. Foram longos seis anos sem filmar nada, até que surgiu a oportunidade de transformar o livro Zodíaco em filme. De mesmo nome, o longa estreou em 2007 e teve como protagonistas Jake Gyllenhaal, Mark Ruffalo (dois atores da nova geração em ascenção) e Robert Downey Jr. em uma interpretação brilhante.

No ano de 2008, Fincher retoma a parceria com Pitt para fazer The Curious Case of Bejamin Button (traduzido no bom português como O Curioso Caso de Benjamin Button). Baseado no clássico homônimo de F. Scott Fitzgerald, a história gira em torno de um homem que começa a envelhecer ao contrário e ao fundo uma história romântica com uma mulher acaba gerando conseqüências devastadoras para ambos. Além de Pitt, o longa ainda conta com Cate Blanchett no par romântico. Ao que tudo indica, o filme estréia no Brasil no dia 16 de janeiro de 2009, mas está sempre sujeito a alterações. Veja o trailer legendado a seguir.

E clique aqui para conferir a resenha de Zodíaco.

Filmografia vista:

2007 - Zodíaco
2001 - O Quarto do Pânico
1999 - Clube da Luta
1997 - Vidas em Jogo
1995 - Seven - Os Sete Crimes Capitais
1992 - Alien 3

Total:

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

homem de ferro

Quando X-Men foi lançado, todos aplaudiram Hugh Jackman pela excelente caracterização como Wolverine. Dois anos depois, o ator que se tranformou em um super-herói foi Tobey Maguire como Peter Parker. Nas seqüências que vieram a seguir, os dois atores só confirmaram que conseguem incorporar osheróis de maneira única, sendo insubstituíveis. No ano de 2008, Robert Downey Jr. segue com perfeição os passos da dupla e se junta e eles por sua caracterização perfeita como Homem de Ferro.

Robert Downey Jr. surge como um perfeito Tony Stark. Desde a sua canalice até a sua inteligência sobre-humana, passando pela sua expressão facial e o seu fascínio por ser um super-herói. Além do mais, Downey Jr. tem a aparência exata do Tony Stark dos quadrinhos, surgindo não só como um ator perfeito para o papel, mas como uma verdadeira cópia perfeita das revistas. Não bastasse toda a semelhança, ele ainda vem com a mesma energia de Zodíaco batendo todas as expectativas e incorpora de corpo e alma para este papel.

No entanto, não basta só aplaudir o ator, que por mais perfeito que esteja no papel, não é o único destaque do longa. O roteiro é completamente a favor da trama e assim como Homem-Aranha, acerta em nos contar de como um cara comum se transforma em um super-herói. Também é favorecido ao nos contar um indício do romance envolvendo Stark e a sua "secretária", Pepper Pots, que mais parece uma babá do que qualquer outra coisa. Enquanto Tony se diverte com outras mulheres, Pepper assiste tudo de camarote, mas nunca perde a postura e é sempre profissional. Interpretado com eficiência pela magrinha Gwyneth Paltrow.

Cabe a Jeff Bridges o papel do vilão Obadiah, ou melhor, o Monge de Ferro. Discrição faz parte da escolha do ator para o papel. Apenas depois ele decide dar aquelas gargalhadas fatais e o papo do "eu sou o melhor hahaha", mas o fato é que não incomoda nem um pouco. Depois de tanto tempo grudados na tela no filme do diretor Jon Fraveu que se um vilão quer ser o dono de toda a fábrica ou se quer dar aquelas gargalhadas e ser mauzinho, que seja. Afinal, temos agora o Homem de Ferro para salvar o mundo.

P.S.: Tem uma cena após os créditos finais. São poucos segundos, mas para os fãs do Universo Marvel é um prato cheio. Para os que não são, dá pra ficar curioso para o que vem em seguida.

Homem de Ferro
Iron Man, 2008
Direção: Jon Favreau. Roteiro Adaptado: Art Marcum, Matt Holloway, Mark Fergus e Hawk Otsby. Elenco: Robert Downey Jr., Terrence Howard, Jeff Bridges, Gwyneth Paltrow e Samuel L. Jackson.

rede de mentiras

Depois dos atentados de 11 de setembro, os Estados Unidos vivem em um estado de alerta. Qualquer um com origem árabe é considerado um terrorista e a maior potência do mundo mostrou que é vulnerável. Diversas são as produções baseadas no tema e é difícil um thriller sobre terrorismo não cair no lugar-comum. Infelizmente, o longa de Ridley Scott nada tem para inovar e acaba sendo mais um filme de ação eficiente, mas comum demais.

Primeiro, o tratamento do roteiro escrito por William Monahan (roteirista oscarizado por Os Infiltrados) soa artificial do início ao fim. Embora evolua com a trama aos poucos, o desenvolvimento dos personagens é lento e embaraçoso. O personagem de Russel Crowe saiu prejudicado, surgindo nas telas como apenas mais um chefe arrogante. E é interessante acompanhar no início todas as atitudes de Hoffman (personagem de Crowe) na relação trabalho e família. Enquanto cuida de seus filhos, dá ordens de assassinatos ao telefone com maior normalidade. É uma pena que um personagem com tanto a dizer seja enfraquecido pela produção. O roteiro ainda tenta investir um romance entre o personagem de Leonardo DiCaprio e a personagem de Golshifteh Farahani, fracassando principalmente nesse ponto, já que a relação entre ambos foi praticamente jogada no meio de toda uma trama política sendo desenvolvida.

A força do longa reside em Leonardo DiCaprio. Desde a sua agressividade como Ferris até a sua sensibilidade ao perceber os efeitos da guerra sobre as pessoas, o ator usa o seu talento para mostrar as conseqüências dos agentes em plena guerra contra o terrorismo. Já Russel Crowe pouco tem a fazer já que seu personagem não faz praticamente nada, a não ser comer e ficar sentado dando ordens. Outro grande nome do elenco diz respeito a Mark Strong, que incorpora Hani com segurança e precisão, alcançando o tímbre certo ao não deixar seu personagem cair no clichê do chefe metido.

Ridley Scott também acaba deixando o final ficar covarde e durante tanto tempo de projeção, faz um longa arrastado. A fotografia, embora efciente em muitos dos momentos, cai no maior clichê dos thrillers. Por mais que a intenção do filme seja boa, Scott não conseguiu acrescentar nada de significativo a obra, o que é uma pena se tratando de todo o potencial que a equipe tem.

Rede de Mentiras
Body of Lies, 2008
Direção: Ridley Scott. Roteiro Adaptado: William Monahan. Elenco: Leonardo DiCaprio, Russel Crowe, Mark Strong, Golshifteh Farahani, Oscar Isaac e Alon Abutbul.