quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Filmes

Segue abaixo comentários de três filmes. Um filme está na medida e os outros dois, ainda faltam pra chegar a média. Mas enfim, segue aí a dica - ou não - de três filmes:

O Âncora: A Lenda de Ron Burgundy

Quando este filme chegou aos cinemas, muito pouco foi dito sobre ele. Aliás, não li muito sobre ele em lugar nenhum. No site Rotten Tomatoes – aquele que centenas de críticos analisam os filmes e, caso o filme for bom, ganha um tomatinho vermelho – e o filme estava numa margem abaixo da média. Quando tive a oportunidade de assistir, foi uma deliciosa experiência. É uma ótima comédia, com protagonistas que conseguem carregar o filme nas costas numa boa e ainda participações de comediantes que só acrescentam a essa produção - destaque para as participações de Jack Black, Luke Wilson e Vince Vaughn. Will Ferrell, que na época ainda estava começando a mostrar a sua cara como protagonista no Cinema, interpreta Ron Burgundy de uma maneira divertida e nada amistosa. Afinal, o seu machismo é divertido; as suas tiradas são divertidas; e suas expressões são divertidas. E, para completar, ainda consegue uma química com sua equipe e com o seu par, Christina Applegate, que exibe o mesmo carisma do protagonista, mas ela aqui sabe suas limitações e o que deve fazer como Veronica Corningstone. Paul Rudd – o que sempre aparece nos filmes como coadjuvante – exibe o mesmo carisma e talento de sempre; David Koechner é o cara mais sem noção da equipe; e, por último, o cara que sempre acaba roubando as cenas, Steve Carell. O seu Brick é diversão na certa. É impossível não rir das coisas que ele acaba falando principalmente na sua apresentação. O Âncora não é a melhor comédia desses últimos anos, mas é sim uma das mais divertidas desses últimos anos. Pelo menos eu gostei.


Anchorman:The Legend of Ron Burgundy, EUA, 2004, dir.: Adam McKay. Com: Will Ferrell, Christina Applegate, Paul Rudd, Steve Carell, David Koechner, Luke Wilson, Vince Vaughn, Danny Trejo, Seth Rogen, Tim Robbins, Jack Black e Ben Stiller.

Ó Pai, Ó

Ó Pai, Ó, é assustadoramente triste. Isso não tem como negar, mostrar a vivência miserável daquela parte da Bahia, aqueles personagens e todo o drama na qual eles se encontram, é mais um fator triste deste nosso país. São personagens que encontram a alegria no carnaval. É o momento em que todo o povo se junta e começa a dançar, a rir e a se divertir. Porém, não dá pra tirar da cabeça o que o povo acaba passando. É um povo que, por pior o modo como eles passam, eles são felizes. Ó Pai, Ó acaba se tornando um drama triste e violento. Baseado em uma peça de teatro, Ó Pai, Ó acaba cometendo todos os deslizes de produções de Cinema baseadas em peças. O roteiro não parece ter sido desenvolvido para a linguagem cinematográfica e a direção está mais global do que para filme. No entanto, o elenco consegue contornar por ser bom, muito bom, aliás. Lázaro Ramos, Dira Paes - a melhor atriz do Cinema brasileiro atualmente - e Wagner Moura, três dos melhores atores brasileiros conseguem se dar bem na produção. O resto também é bastante eficiente. Um dos maiores problemas de Ó Pai, Ó é justamente apresentar personagens de mais, e acabar se esquecendo deles no meio da projeção – problema que ocorre na maioria das produções que tem personagens demais. A cena do carnaval é decepcionante, ao mostrar os famosos músicos e tudo o mais. Porém, os momentos decisivos do filme, ao som das músicas, são emocionantes. E a maneira como ele acaba, com o catador de latinhas, é brilhante.

Brasil, 2007, dir.: Monique Gardenberg. Com: Lázaro Ramos, Stênio Garcia, Wagner Moura, Luciana Souza, Dira Paes, Érico Brás e Emanuelle Araújo.

O Grito 2

Eu não gostei de O Grito, não é por que ele é terror, mas é porque eu não gostei mesmo. Achei um roteiro fraco, as atuações sem expressões, e mais um caça-níqueis barato. Ao assistir esta seqüência de O Grito, me deparei com um dos filmes mais idiotas de terror desses últimos anos. E olha que exemplo de filmes de terror desse nível, existem vários. Eu entendo a história. Dos dois. Eu realmente poderia diferenciar se este filme é bom ou ruim. É sério. Se eu gostasse, eu falaria que eu gostasse. Mas é medonho. Do início ao fim, as cenas de sustinho não convencem, os personagens são muito mal desenvolvidos, além das atuações nada convincentes. A participação de Sarah Michelle Gellar é chocha. Observem também a tentativa da fotografia como o elemento dos sustos - algo que funciona bem nos tons de O Chamado ou no excelente Suspiria -, sempre tentando esconder os rostos dos "fantasmas", assim dizendo. Fora que a cena inicial, na casa, é decepcionante. Seria o momento em que realmente algo iria acontecer de aterrorizante, mas acaba sendo uma cena simplista demais. A direção de Takashi Shimizu não consegue assustar, em nenhuma cena. Muito pelo contrário, daqueles que são ávidos a dar umas boas risadas em filmes de terror, aqui tem várias para se achar graça. Enfim, O Grito 2 não vale nem como uma experiência divertida de ver. É mais como uma perda de tempo.


The Grudge 2, EUA, 2006, dir.: Takashi Shimizu. Com: Sarah Michelle Gellar e Jennifer Beals.

10 comentários:

Petterson Lima disse...

Bixo, o grito 2 é HORRIVEL.
Conseguiram cagar um filme que nem era tão ruim assim.
Malditas sequencias --'

Anônimo disse...

Gostei das suas críticas.
Quero assistir "O Âncora: A Lenda de Ron Burgundy" pela comédia, o "Ó Pai, Ó" pelos atores (eu amo o Wagner Moura e o Lázaro Ramos) e O Grito 2 eu também não gostei (na verdade, mal gostei do primeiro... achei muito forçado).

beijos

Anônimo disse...

muito legal, gostei do comentario dos filmes

Luiz Carlos disse...

Fiquei com vontade de assistir o âncora. Vou ver se acho pra alugar.
Os outros dois eu já assiti e tbm não gostei muito. Principalmente o Grito 2 que é muito ruim!

Abraço

Louca por música disse...

Eu não gostei de O grito 2... o 1º foi muuuuito melhor!
Os outros dois ainda não assisti!! Vou procurar pra assistir.

Passa la http://rosarenan.blogspot.com/

Anônimo disse...

Adoro cinema brasileiro, mas não gostei de "Ó Paí, ó".

Luiz Carlos disse...

oi Amigo, repassei um selo para vc lá no meu blog!!
Confere lá: http://vcprecisaver.blogspot.com/

Abraço

Alcione Torres disse...

Realmente, "Ó paí, ó" é bem a cara daquele povo sofrido do Pelourinho. Gostei muito do filme, dos atores e achei que os não conhecidos se saíram muito bem também. Claro que Wagner Moura e Lázaro Ramos dão um show! Mas ver aquelas pessoas que não estão acostumadas com o cinema representarem tão bem, foi demais!

http://sarapateldecoruja.blogspot.com/

Arthur disse...

eu nem vi o ancora ainda mas eu vi o começo e ri demais!!!
ainda mais com as cenas de ele cantando "I LOVE SCOTT"uhauashasuhaus!!
Ó pai ó eu vi e gostei!!ri muito nas cenas de palavrões!!
eh engraçado!!
valeu

Diogo disse...

Só sabe fazer comentários chatos e que não tem nd haver, parece até que tá de mal Humor

:/