segunda-feira, 7 de julho de 2008

P.S.: Eu te Amo

Não é o melhor romance dos últimos tempos, nem o pior. P.S: Eu Te Amo é um filme sensível, um pouco água-com-açúcar, mas que poderia ter caído muito mais no melodrama se não fosse o diretor e roteirista do filme Richard LaGravanese com a ajuda de Steven Rogers decidirem não mostrar a Gerry no hospital ou em sua fase terminal da doença.

Quando a produção tem início, somos apresentados a um casal que tem uma discussão de rotina, mas que deu para perceber que os dois se amam. Porém, após os créditos iniciais, descobrimos que o marido veio a falecer em uma cena um pouco confusa. O velório de Gerry (vivido pelo “300” Gerard Butler) é animado, descontraído e as pessoas parecem não respeitar o sentimento que a esposa, Holly (a mulher-macho de Hollywood, Hilary Swank). Obviamente, nas próximas semanas, Holly está arrasada e, portanto não consegue mais sair de casa, nem tem mais vontade de fazer absolutamente nada. Até que no dia de seu aniversário, recebe uma carta de seu falecido marido. A partir daquele momento, ela vai recebendo cartas enviadas por Gerry, todas assinadas com um p.s: eu te amo. As cartas vão ajudando Holly a conseguir seguir sua vida e tomar um curso para ela.

A narrativa é bastante fragilizada, e os flashbacks vão se alternando de uma maneira óbvia e previsível. Entretanto, usando a mesma esperteza de Charle Kaufman em Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembranças, os flashbacks vão revelando desde os últimos dias até o dia em que se conheceram. Nisso, formam várias sub-tramas que não conseguem convencer. As amigas de Holly, interpretadas por Lisa Kudrow (a eterna Phoebe) e Gina Gershon são prejudicadas pelo roteiro, embora se esforcem em seus papéis. Mas a atuação-bomba fica para Henry Connick Jr., que não consegue nos convencer de jeito algum do seu rude Daniel – e a química com Swank é horrível, mas o roteiro parece sacar e consegue consertar o erro de uma maneira esperta.

Entretanto, o par principal consegue arrancar algumas lágrimas. Hilary Swank, apesar de cometer alguns exageros em algumas cenas, consegue conter-se e emociona o espectador – destaque para a cena em que ela conversa com a mãe, interpretada pela competente Kathy Bates - nos últimos momentos do filme. Gerard Butler surge como a revelação deste longa, já que o seu jeito de galã consegue convencer e fornece todo o seu carisma para Gerry.

Porém, a mensagem do filme é mesmo a superação. Um amor pode ir, mas as boas lembranças estarão sempre com você, é como se nunca tivesse ido embora. Há uma cena muito tocante que simboliza tudo o que o filme quer nos dizer, quando Holly soe no karaokê e canta uma música, é comovente.

Apesar do final ser decepcionante, a narrativa segue com uma boa idéia e uma direção fora dos melodramas. E isso é um pouco raro, já que ele tinha tudo para ser um daqueles filmes piegas. É um filme que não está em cima nem abaixo da média, está em cima.



P.S: I Love You, EUA, 2007, dir.: Richard LaGravanese. Com: Hilary Swank, Gerard Butler, Lisa Kudrown, Gina Gershon e Kathy Bates.

6 comentários:

Anônimo disse...

Já vale a pena se visto só pela presença da atriz Hilary Swank, que é excelente!

www.blowgh.wordpress.com

Anônimo disse...

Gostei do blog, ainda que não tenha gostado do filme.
Bom Dia !

pseudo-autor disse...

Talvez o grande mérito do diretor esteja na escolha do elenco. Sé pelo casal Butler e Swank talvez já valha uma ida a locadora (pois não adianta: não consigo ir ao cinema pra ver esse tipo de filme; gosto de coisas mais ambiciosas na tela grande).

Dicutir a mídia? Acesse
http://robertoqueiroz.wordpress.com

JG disse...

eu ainda ñ assisti o filme mas quem assistiu falaram pra mim q eh mto bom...

http://s2simpleplanjg.skyrock.com/

Unknown disse...

Olá...gostei muito do Blog...
bem interessante...parabéns pela iniciativa...
Ah, quanto ao fime ainda não vi, mas tive muitas recomendações!!
Abraços..

Jackson disse...

Concordo com a crítica e a respectiva classificação!